Quem é que não gosta de uma boa jogatina?
Desde que surgiram, os videogames têm lugar nos corações de muitos de nós. Além de funcionar de uma forma diferente de outros tipos de entretenimento, já que requer a nossa participação ativa, é fonte de aprendizado.
Eu, por exemplo, não tenho dúvida alguma que aprendi mais inglês jogando do que na escola. Desde pequeno também aprendi, através dos videogames, sobre organização, prioridades, física, design, gerenciamento de recursos, trabalho em equipe, estratégia, competição e até noções básicas de economia.
Pra tratar um pouco de cada um desses aspectos, decidi falar individualmente de vários jogos que marcaram a minha vida. Vou fazer assim: falar um pouco sobre o jogo, sobre minha experiência com ele e puxar algum aprendizado.
Fiz uma lista inicial de jogos que me marcaram e logo de cara vieram mais de 20 nomes. Para o texto não ficar longo demais, acabei cortando muitos, mas os que ficaram de fora receberão uma menção honrosa no final.
Botei os jogos em ordem cronológica (de lançamento, não de quando joguei). Vamos à lista:
Prince of Persia 2: The Shadow and the Flame (Lançamento: 1993)
Minha memória insiste em me trair, mas acredito que esse foi o primeiro game que joguei no computador. Foi lançado em 93, mas provavelmente só fui jogar alguns anos depois. Tínhamos um computador, o que já era uma modernidade absurda lá no começo dos anos 90, e meu irmão jogava Prince of Persia pelo DOS. Bem moleque, eu só observava para depois tentar jogar, mas era muito pequeno. Lembro de ter dificuldade pra passar até da luta inicial do jogo, mas mesmo assim ele me marcou. Pra ser bem sincero, eu era tão pequeno na época que só lembrei que era o Prince of Persia 2, e não o 1, depois de pesquisar na net. É um clássico absoluto, com uma porrada de continuações e remakes recentes. Quando criança, este foi um dos primeiros títulos que captaram minha atenção para o que era um jogo virtual.
Essa é a primeira batalha do jogo. Aquele pézinho pra fora do palácio é ousado, hein? |
Theme Park (1994)
Jogo de criar e gerenciar um parque de diversões para MS-DOS. Hoje esta premissa parece clichê, mas era incrível na época e influenciou muitíssimo na criação do Roller Coaster Tycoon, que viria a fazer mais sucesso anos depois.
Também joguei quando era muito criança. Lembro de começar do zero várias vezes, o que deve indicar que eu não sabia como carregar um save! Com minha mentalidade de ser humaninho, sempre fazia as primeiras ruas do parque dando a volta no terreno todo, assim gastando a grana que devia ser usada no começo pra comprar os primeiros brinquedos. Mesmo fazendo burradas, ainda era um jogo que eu adorava.
Trazia a mãozinha perto da do funcionário, depois recuava um pouco e torcia pro cara vir atrás fechar negócio. |
Fala a verdade, o jogo é bonitão! |
Warcraft 2 (1995)
Era o jogo preferido do meu irmão mais velho, a única pessoa lá em casa que manjava de computador e que era praticamente o dono da máquina. Tínhamos essa belezinha em CD e naturalmente meu lugar cativo não era jogando, mas sim na banquetinha ao lado do PC observando meu irmão jogar.
Com ele aprendi muito e fiquei com vontade de jogar. Quando ele não usava o PC, lá ia eu reunir minha tropa de Orcs e construir catapultas. Além da campanha normal, eu também curtia usar o editor de fases, que provavelmente acabavam ficando um lixo dada a minha idade na época.
Depois dele vieram o sucesso Warcraft III, o MMORPG mais popular do mundo WoW e recentemente Hearthstone |
Sempre curti esse ângulo de câmera em jogos. E o estilo gráfico já era lindão. |
Eis que um dia, eu, pirralho metido a mexer no computador, enfiei o CD do Warcraft na bandeja e na hora de fechar vi que tinha feito besteira.
A bandeja fechou meio estranha, o CD ficou preso e só conseguimos retirar sacrificando a mídia, que saiu toda arranhada. O CD não funcionou mais e adivinha quem ficou de castigo sem poder usar o PC? Provavelmente eu não coloquei o CD bem encaixadinho na bandeja e deu no que deu. Meu irmão deve ter ficado feliz pra caramba na época.
Ronaldinho Soccer (International Superstar Soccer) (1995)
Beranco, Gomez e Allejo formavam o trio de ataque mortal do Brasil nesse jogo. O nome oficial do game pra Super Nintendo era International Superstar Soccer, mas as falsificações trouxeram ele pro Brasil com vários nomes diferentes, dentre os quais o mítico Ronaldinho Soccer. Esse jogo foi tão jogado por aqui que esses craques virtuais da seleção são mitos até hoje na cultura popular.
Essa seleção aí daria um pau na de hoje |
O maior jogador de futebol da história, Allejo, marcando um golaço de bicicleta |
"Forte booomba!", "djôgo bonito!", "tempo ecstra", "pase longo", "interceptô" e outros: se jogou Ronaldinho Soccer, deve lembrar de algumas dessas célebres frases do narrador fanho.
Vale lembrar que este jogo foi desenvolvido pela Konami e é o precursor da multimilionária franquia Pro Evolution Soccer.
Tibia (1997)
Esse é provavelmente o jogo que mais joguei em toda a minha vida.
Na minha época o Tibia era muito febre, pelo menos em Floripa. Além de ter me viciado muito nele, tinha feito amigos dentro do jogo e meu círculo de amigos na vida real todo jogava, então eu acabava ficando logado muitas vezes não só pra jogar, mas pra conversar com a galera também.
Sair pra "hunt" com os parceiros era a parte mais massa |
Mesmo quando eu não estava jogando, muitas vezes estava falando sobre o jogo na escola ou com meu vizinho. Era bem viciado mesmo, conhecia cada detalhe do game. A internet discada só ficava financeiramente viável no final de semana, então era na sexta depois da meia-noite que começava a jogatina. Eu também baixava uns programinhas guias do jogo, com biblioteca de itens e monstros, pra ficar lendo à tarde durante a semana. Tinha lá meus 12, 13 anos e minha mãe ficava apavorada quando acordava às 7 ou 8 da manhã no domingo e eu ainda não tinha ido dormir, só jogando um Tibiazinho básico.
Matanças e guerras no meio da cidade são comuns |
Lá, também tive minhas primeiras atividades empreendedoras na internet. Vendendo itens e personagens do jogo na vida real, juntei mais de 600 reais, que há 10 anos valia bastante, ainda mais para um estudante pré-adolescente. Também foi por causa do Tibia que criei meu primeiro espaço online: um flogão com fotos diárias postando meu progresso no jogo.
O game mudou muito desde que parei. A primeira vista parece bem mais bonito e organizado. |
International Superstar Soccer Pro '98 (Winning Eleven 3) (1998)
Outro jogo de futebol! Futebol é uma das coisas que mais gosto e isso se reflete nas minhas escolhas de games. Mas o ISSP '98 talvez seja o game de futebol que eu mais joguei na vida.
Nomes eram até próximos da realidade, mas eu passava horas editando pra corrigir tudo |
Ronaldo "Ronarid" Fenômeno marcando mais um: gráficos ótimos na época |
Coolboarders (1998)
Esse jogo tinha um sistema de salvar recordes no memory card que me deixava fissurado. Eu ficava repetindo cada fase dezenas de vezes até conseguir fazer os melhores tempos nas corridas ou as maiores pontuações nas provas de manobras.
Socar os seus adversários na largada era o melhor jeito de sair na frente |
Outro componente do jogo era saber como fazer cada manobra e como combiná-las em combos para obter pontuações altas. Tinha um caderno cheio de anotações de como fazer cada coisa - até hoje só Mortal Kombat me deixou tão na gana de organizar, anotar e decorar o maior número de movimentos que conseguisse.
Muitas vezes a técnica de apertar todos os botões ao mesmo tempo já rendia uns bons combos |
The Sims (2000)
Com o The Sims aprendi que batedor de carteira é uma boa profissão pra começar a carreira e que pra matar alguém basta colocar a pessoa num cubículo sem saída ou numa piscina sem escada.
Admita: assim como eu, você gastava mais tempo montando a casa do que jogando pra valer |
Quando não usava "klapaucius", o cheat mais conhecido da história, ganhava noções de finanças pessoais. Aprendi que não dá pra comprar um sofá confortável sem dinheiro e não dá pra gastar mais do que se ganha. Passava horas construindo a casa, comprando móveis e montando tudo bem direitinho, adquirindo noções bem básicas de decoração e design. E ainda aprendi a fuçar na internet, baixando um monte de novos móveis, papéis de parede e outras tralhas piratas pra acrescentar no jogo.
Baixava umas mansões enormes prontas, mas gostava mesmo era de construir as minhas |
Roller Coaster Tycoon 2 (2002)
Diria que o Roller Coaster Tycoon 2 é um Theme Park bem melhorado. Não só o estilo gráfico me agrada muito como o jogo ensina noções básicas da economia pra quem joga. Era bem moleque, mas já sabia que o número de pessoas no meu parque, e em cada atração, dependia do preço dos ingressos. Sabia que pra atender bem diferentes tipos de pessoas e gostos, tinha que criar montanhas-russas mais leves e outras mais hardcore, tinha que oferecer opções de comidas e bebidas diferentes. Sabia que não dar manutenção nos produtos podia resultar em problemas e que uma explosão não faz bem pra reputação de um parque de diversões.
Algumas pessoas eram mestres na arte de construir parques |
Assim como no The Sims, o jogo dava muito espaço pra maldade |
Comprar coisas, tomar decisões de investimento, regular preços, gerenciar o parque. Foi no Roller Coaster Tycoon 2 que percebi o quanto gostava de jogos de simulação e gestão.
Red Dead Redemption (2010)
Meu último videogame "moderno", da época, tinha sido o Play 1, em longínquos anos finais da década de 90. Depois disso, joguei muito no PC, mas meus computadores sempre foram muito simples e nunca rodaram os jogos mais avançados e os novos lançamentos. Quando fui trabalhar nos Estados Unidos, não perdi a oportunidade de pagar barato e voltei com um Xbox 360 na mala. Com ele, tinha comprado alguns games originais, incluindo o maravilhoso Red Dead Redemption. Na época, meus olhos brilharam. Eu estava pelo menos uma década atrasado em relação a jogos. Só via as novidades na internet ou raramente na casa de um amigo. Quando passei a jogar um jogo sensacional como Red Dead no meu próprio console, na minha própria minha casa, um novo mundo dos games se abriu pra mim. Eu estava absolutamente deslumbrado com a qualidade que os jogos modernos podiam ter.
Narrativa, efeitos sonoros, gráfico, jogabilidade: Red Dead Redemption marcou época |
John Marston virou um daqueles personagens que a galera lembra pelo nome muitos anos depois |
GTA V (2013)
GTA V foi outra grata surpresa. Pelo equivalente a uns 4 reais, comprei um piratão quando estava morando na China e foi um dos melhores games que já joguei na vida. Claro que já se esperava que o jogo fosse ser incrível, mas eu mais uma vez estava maravilhado de ter um jogo desse calibre à minha disposição, de poder jogar.
GTA V conseguiu melhorar muito o que já era excelente |
Uma infinidade de coisas pra fazer, gráficos lindos, mini-jogos dentro do jogo, narrativa envolvente e inovações como a troca entre os 3 personagens fizeram de GTA V o jogo do ano em 2013. Joguei até uns 60% da campanha, quando fiz uma burrada e perdi umas 8 horas de progresso no meu save. Depois disso desanimei totalmente, meu Xbox surrado começou a querer falecer e nunca mais joguei.
Personalidades bem distintas botaram Trevor, Franklin e Michael na história dos games |
Football Manager
Meus amores por futebol e por games de gestão se uniram no Football Manager. Pra quem sabe, nele você é técnico e "manager" de um time de futebol, contratando jogadores, treinando e botando os pernas de pau pra jogar, além de diversas outras tarefas de gerência do clube e da equipe.
Gerenciar tudo num clube é o sonho de todo amante do futebol |
É o jogo que mais pirateei na vida. Ano passado pensei com meus botões e decidi que era hora de passar a apoiar os desenvolvedores, que me propiciam tamanho prazer através do FM há tantos anos. Tenho 25 horas no FM 2015, o que é pouco em se tratando da franquia, mas comprei o jogo por gratidão, pra apoiar mesmo e limpar um pouco da minha dívida histórica com os caras. E se for jogar novas versões no futuro, comprarei também. Não tenho mais a cara de pau de piratear um game do qual já sou fã e sei que vou gostar.
FIFA (2014)
Como você viu por esse post, sempre joguei games de futebol. Desde as origens, sempre fui fiel à série Pro Evolution Soccer, mas eles me perderam em 2012. Depois de bastante tempo sem muita inovação no jogo, peguei o PES 2012 e pra piorar a jogabilidade estava deplorável. Jogadores sem controle da bola, querendo dominar mesmo que você insistisse pra eles chutarem de primeira. Ao mesmo tempo, o FIFA vinha crescendo e deixando de ser o 2º jogo de futebol (pelo menos no Brasil) pra ser o principal jogo. Peguei o FIFA em 2013 e gostei do que vi. No ano passado, comprei a versão 2015 pra jogar online e não me arrependi. Joguei muito, me diverti pra xuxu, quis quebrar o controle umas mil vezes e acabei enjoando dos bugs e glitches do game, mas não tenho dúvidas que valeu a pena. Hoje, o FIFA inova, vende mais e virou um fenômeno de mídia, fazendo parcerias com os clubes e jogadores mais importantes do mundo. Enquanto isso, o PES foi jogado um pouco pra escanteio e vai ter muito trabalho se quiser recuperar a liderança desse nicho.
Não me atenho às briguinhas do tipo FIFA x PES, mas acho normal as pessoas se manterem fiéis a um dos dois e comprarem sempre a mesma franquia, já que a gente se acostuma com a jogabilidade e não quer ficar mudando toda hora. No meu caso, mudei de lado depois da Konami lançar uma versão ruim do jogo. Qualidade ganha fãs e falta de qualidade faz os defensores do seu produto irem embora - e esse é um bom ensinamento pra qualquer coisa, incluindo os posts deste que voz escreve.
Ultimate Team: melhor (e pior) coisa do FIFA hoje em dia |
Hearthstone: Heroes of Warcraft (2014)
Eu passava pelo escritório e via os chineses todos jogando um joguinho de cartas na hora do almoço. Me lembrava da galera jogando Magic no recreio do cólegio, nas antigas. Motivo nunca tive, mas não gostava de Magic e passei a não gostar de Hearthstone.
Eis que um belo dia resolvi experimentar. Nunca fui de ter muito preconceito com jogos, mas o Hearthstone me deu mais uma lição nesse sentido: é burrice julgar um game sem jogá-lo. Simples assim.
Os chineses estavam certos, o jogo é muito bom |
Hero Siege (2014)
É um hack 'n slash com elementos de RPG. Basicamente você tem um personagem numa arena e precisa derrotar as hordas de inimigos que invadem o cenário pra te matar. O estilo gráfico muito me agrada e os personagens inimigos me lembram algumas coisas que via no Tibia. Zerei a campanha normal com 11 horas de jogo só, mas valeu a pena.
Normal ter um trilhão de coisas acontecendo na tela ao mesmo tempo |
O Hero Siege foi importante por ter sido bem baratinho. Até então eu não tinha muito dinheiro e sempre fui adepto de baixar games piratas. Recentemente baixei a Steam por causa do FM 2015 e encontrei um novo mundo de jogos para explorar. Acontece que procurando por jogos piratas você acaba sempre esbarrando nos games mais famosos e caros, que muitas vezes você não tem grana pra comprar e/ou não rodam no seu PC. Mas na Steam há uma infinidade de jogos mais antigos com preços acessíveis ou de jogos modernos indies, de pequenos estúdios, que também dá pra bancar. O Hero Siege, por exemplo, foi desenvolvido por 3 caras num estudiozinho na Finlândia. Dá até gosto saber que a sua grana foi bem gasta. Não só pelo jogo ser bom, mas também por financiar o sonho de alguns malucos que se juntaram pra viver o sonho de fazer games.
Menções honrosas
O post já tá enorme e por isso tive que cortar dele muitos jogos que marcaram a minha vida, mas deixo menções honrosas para:
Mario (SNES)
Aladdin (SNES)
Paperboy 2 (SNES)
Rock n' Roll Racing (SNES)
Age of Empires 2 (PC)
GTA II (PC)
Carom3D (PC)
Kinect Sports e Dance Central (Kinect, Xbox 360)
Syndicate Wars (PC)
Starcraft (PC)
Mortal Kombat (Playstation 1)
Cue Club (PC)
Counter-Strike (PC)
Skyrim (Xbox)
Don't Starve (PC)
... e provavelmente outros que andei esquecendo.
Pra finalizar e quebrar um pouco esse ritmo de falar de jogos individualmente, seguem algumas considerações sobre games que não consegui encaixar no post:
Gráficos
A beleza dos gráficos não está na resolução ou em quão realista eles são. É claro que a cada geração de videogames e a cada ano vemos gráficos cada vez mais realistas e em alguns jogos fica muito legal mesmo. Mas sem dúvida pra mim o que vale é o quão divertido o jogo é. Mesmo se o gráfico for uma porcaria, ou sequer tiver gráficos, se eu estou me divertindo então tá valendo. Há um tempo atrás rolava um preconceito forte com jogos com gráficos podres. Na época do Tibia, por exemplo, muita gente tirava onda porque achava o gráfico ridículo. Hoje em dia, ainda bem, acho que esse preconceito tem caído por terra e a galera já aceita de braços abertos jogos com estilos diferentes, como cartoonizado e pixelado, que têm voltado com força à tona.
DLCs
Gosto de DLCs quando realmente trazem um conteúdo extra para o jogo, algo a mais. O problema é que alguns desenvolvedores se utilizam desse recurso pra vender um jogo pela metade, oferecendo outras partes, ou a outra metade, através de DLCs. O Hero Siege, que completei há pouco, mostrava 6 Atos, ou 6 "mundos" do jogo. Quando terminei o 4º me surpreendi com os créditos do game na tela. A explicação: o 5º e o 6º são DLCs. E o pior: muitas vezes as DLCs trazem pouco conteúdo em comparação com a parte principal do jogo, mas o preço é quase igual (ou bem elevado na comparação com o preço original do jogo).
Jogos antigos
Relembrar jogos antigos é bem legal, como fiz aqui no post. Foi gostoso escrever este texto, reviver algumas das memórias e ver umas screenshots dos jogos das antigas. Mas nem por isso vou sair baixando Theme Park ou Coolboarders 3 pra jogar. Até tenho meu emulador de SNES, mas ficar jogando os mesmos jogos antigos pra mim só vale em uma ou outra sessão de nostalgia com os amigos. Se você estiver procurando algo pra jogar mesmo, busque jogos novos. Tem muita inovação rolando solta e os estúdios indies se multiplicam mundo afora, te fornecendo uma quantidade incrível de jogos bacanas. Os preços também são bem acessíveis: fugindo dos jogos AAA e de lançamentos do mês anterior, dá pra encontrar muita coisa bacana na Steam, por exemplo. O Hero Siege às vezes tá por 5 pila, pra você ter uma ideia.
Coleção
Sou contra acumular coisas. Tem gente que gosta, e até entendo o porquê, mas prefiro não ter muitos bens materiais. Muitos deles acabam ficando guardados e mal usamos, só servem pra dar trabalho e juntar poeira. No caso dos games a coisa é um pouco diferente. Games não são tralhas. São mais como vinho: quanto mais velhos, mais valem. Uma coleção de games provavelmente pouco será usada e servirá mais pra você olhar com carinho para a estante, mas no fim, se um dia você desistir de colecionar, pode vender tudo e tirar uma boa grana. Dá trabalho, mas alguns jogos antigos valem uma fortuna se você souber cuidar para que envelheçam bem.
Próximos games
Por não querer gastar grana ou por não querer me envolver com jogos que tomem muito tempo, acabo que fico com uma pequena lista de games na cabeça que gostaria de jogar e nunca pude. Dos mais recentes, lembro de Diablo III, do último SimCity e do engraçadíssimo indie Papers, Please. Me recomenda mais algum?
Essa é a parte onde tradicionalmente eu choro pra você deixar um comentário aqui no post. Dessa vez vou um pouco além: me diz que jogos você curtia nas antigas, quais anda jogando hoje em dia ou fala de algum game que te ensinou algo. Ah, e diz se também teve alguma experiência marcante com um dos games que eu citei! Dá uma força aí, escrever sem interagir com quem lê não tem graça! E qualquer coisa fala comigo lá no twitter! ;))
E ae Pedro!!?? Belezinha?!? Sempre é legal falar de games, para quem gosta, claro :)
ResponderExcluirVou indicar alguns jogos do PS3. Com a chegada do PS4 e Xbox One a tendência é baratear os consoles "antigos" e com isso poder aproveitar alguns dos jogos mais extraordinários já criados.
Shadow of the Colossus
Journey
Brothers: A Tale of Two Sons
Esses 3 jogos proporcionam uma das coisas que eu, na minha opinião, considero a razão da existência dos videogames: emoções.
São jogos cuja narrativa se dá com poucas ou nenhuma palavra. Muitas vezes te colocam em situações que te fazem questionar se o que estão fazendo é correto. Mexem com suas emoções, cada um deles de uma forma diferente, como nenhum outro jogo mexeu. Shadow é um jogo que pode demorar bem umas 16 horas para terminar e tem um final surpreendente, já os outros 2 são "curtos", em média com 3 horas você termina, e eu recomendo que o façam de uma vez só, para maximizar as emoções provocadas no final das aventuras.
E por último, se pegar um PS3 não deixe de jogar: The Last of Us.
É isso, apenas uma seleção pessoal, dentre tantos jogos memoráveis da geração passada.
Jogos com foco na narrativa são excelentes. O próprio The Last of Us, que você citou, eu não joguei mas assisti o jogo completo no YouTube, e é incrível. Foi o primeiro game que tive a impressão de ser mais que um jogo, e sim um filme interativo.
ExcluirMuito obrigado pelas dicas, cara! Vou dar uma olhada nesses games que você falou, quem sabe no futuro não consigo jogar?! Valeu! ;)))
Não era muito de games, mas The Sims tomou umas boas horas da minha infância! <3 <3
ResponderExcluirQuando usava o klapaucius sempre perdia a graça haha. Por outro lado, era triste mandar o bonequinho ir trabalhar cansado e estressado...
Verdade! Usar cheat acaba com o fator desafio, que é uma das paradas mais legais de ser jogar um game - tanto é que ninguém gosta de jogos fáceis demais. De qualquer forma, acho que todo mundo que jogou The Sims já usou um klapauciuszinho uma vez ou outra hahaha
ExcluirQue grata surpresa tive ao receber o email de notificação de mais um bacana post! Dessa vez com um diferencial... Que bom saber que você é um apreciador de games!!! Acredito que você soube sintetizar muito bem os benefícios de se jogar videogame: "(...) aprendi mais inglês jogando do que na escola. Desde pequeno também aprendi, através dos videogames, sobre organização, prioridades, física, design, gerenciamento de recursos, trabalho em equipe, estratégia, competição e até noções básicas de economia."
ResponderExcluirIdentifiquei-me com você quando fala de seu atraso com relação a jogos... Meu PS1 deu pau no começo de 2003, e só fui adquirir um videogame de novo (um PS2) em 2011! Pois é, quase dez anos... só via algumas coisas em revistas ou na casa de amigos. Tive experiência de deslumbramento semelhante a sua ao jogar de novo, mas comigo foi jogando God of War 2! Bixo... eu literalmente babei!!! Para mim era um outro mundo que se descortinava diante de meus olhos! Detalhe: o GoW2 veio juntamente com o console na compra kkk, imagina só, poderia ter vindo um joguinho como Guitar Hero (arrghh!!), mas não, fui premiado!!!
Rachei de rir com os "'Forte booomba!", "djôgo bonito!", "tempo ecstra", "pase longo", "interceptô'", e acrescento o "squisito" que nunca tive certeza do que é mesmo! Joguei demais essa peste. Depois do "campionátô brasilêro", joguei Winning Eleven 4 no PS1 e o Bomba Patch no PS2, que tem um Ronaldinho Gaúcho parecido com o monstro alienígena Predador, daquele filme com o Schwarzenegger kkk.
Atualmente, jogo Mega Man X Collection no PS2, e estou fechando um por um, todos os 7 da coleção. O jogo é das antigas, mas muito desafiador. Costumo dizer que crianças que jogaram jogos como Mega Man tornaram-se adultos com um alto grau de tolerância á frustração kkk, pois a dificuldade desses jogos do passado chega a ser absurda!!! Até você pegar os tais macetes, maninho, você pena muito... Sim, ainda estou na geração PS2, mas pretendo comprar um PS3 pra mim ainda esse ano! É triste ficar atrasado assim, e em épocas de transição efetiva de geração, isto é, não quando a última geração é lançada, mas quando fica evidente que a geração passada já está de fato ultrapassada - e pra isso utilizamos marcos temporais como a E3, maior feira de games do mundo, como a desse ano, que teve enfoque no PS4 - essa tristeza é acentuada por notícias como "a partir do próximo ano a PSN não oferecerá mais suporte no PS3 para tais serviços como..." Foda!
Gostaria de lhe perguntar: não gosta de jogos de survival horror? Amo demais!
No mais, gostaria de lhe parabenizar de novo: eu que gosto de escrever também (de forma geral) meio que me projeto neste blog. Tudo de bom, e vamô que vamô! Abraços!!!
hahaha que bacana o seu comentário, cara!
ExcluirRealmente ficar "atrasado" em relação aos jogos não é muito legal. Hoje já me dou ao luxo de comprar um jogo massa de vez em quando e meu notebook já roda algumas coisas sem sofrer, mas tô curtindo baixar e jogar uns games indies, que geralmente são mais baratos e me arrisco a dizer que até mais inovadores.
Os jogos de survival horror eu até curto, mas fico com tanto medo jogando que acabo evitando esse gênero hahaha
Muito obrigado pelos elogios e por participar aqui. É sempre muito massa quando alguém vem bater um papo sobre o que escrevi. Abs! ;)
Esqueci de lhe perguntar: conhece a rede social gamer Alvanista? Bem legalzinha, uma rede social voltada para gamers de sede brasileira, bastante interessante.
ResponderExcluirhttp://alvanista.com/
Não conhecia, mas dei uma olhada por cima e parece massa mesmo! Valeu pela indicação!
ExcluirOlá Pedro, eu particularmente não tenho muita paciência para jogos não, quer dizer até gosto de me distrair as vezes construindo coisas no SimCity, mas caramba, meu filho de 9 anos e meu marido, Jeeesus, eles perdem horas e mais horas jogando, chegam as vezes até disputar. Meu marido vive jogando jogos de baralhos na Internet e meu filho está viciado nesse tal de minecraft, e os dois ficam disputando esse tal de fruit bump.
ResponderExcluirE é isso, não sou boa em falar muito não rsrs.
E parabéns por mais um belo post.
Tive irmão mais velho e sei como é essa disputa em casa pra jogar hahaha
ExcluirO Minecraft nunca joguei, mas tem um amigo meu que usa esse game pra ensinar programação para crianças, então na minha cabeça ficou uma imagem muito positiva dele.
Obrigado pelo comentário, Flávia! ;))
Caramba, o Tibia...
ResponderExcluirEu tenho uma relação de amor e ódio com o jogo pq eu fui muito viciado durante uns 3 anos e se tornou um problema, afetando minha vida pessoal... mas assim como você, também tenho boas lembranças.
Vem de lá uma base de inglês que evoluiu bastante desde então, mas também uma base de espanhol (que infelizmente não decolou)
Nunca afetou seriamente a minha vida, mas sem dúvida também já fui viciadão no Tibia. Ainda era pré-adolescente mas às vezes ficava até às 7 ou 8 da manhã jogando, pra desespero da minha mãe haha
ExcluirQuanto ao inglês, não tenho dúvidas que o Tibia me ajudou mais no aprendizado do que as próprias aulas de inglês do colégio. Valeu pelo comentário, Lucas!
Meu, desde que descobri seu blog sempre fico surpreso ao ler um post novo e esse me deixou muito feliz, me identifiquei muito! Joguei Tibia - e outros jogos que você mencionou, apesar de ter pegado versões mais recentes por ser mais jovem como o Warcraft 3 e Dota - por alguns anos (também ainda tenho a conta e de vez em quando dou uma passada por la rs) e realmente era muito bom antigamente, apesar dos gráficos "simplistas" a jogabilidade era fantástica, você podia imaginar uma vida no jogo. Acho inclusive que no meu caso o que me prende aos jogos é ficar imaginando-os como uma "possibilidade" e viajar com isso haha. Infelizmente concordo que o jogo mudou muuito e hoje em dia só joga quem tem dinheiro para comprar PA e ter bônus no jogo, uma pena.
ResponderExcluirTem muita coisa que ainda quero dizer sobre outros posts que li por aqui (já acompanho há uns 3 meses), mas sou tímido e ainda preciso refletir sobre o que li então fico só observando rs. Continue com esse trabalho! Abraços!
Pô Cezar, muito legal ler um comentário como o seu. Por favor sinta-se a vontade pra comentar o que quiser no post que quiser. É muito motivador pra mim descobrir que há gente acompanhando o blog e lendo os textos, mesmo que em silêncio. Obrigado pelo apoio e um salve ao Tibia das antigas haha :)) Abraço!
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